quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Janela de Johari

A “JANELA DE JOHARI "

( Este texto é suporte para sua atividade " Auto Conhecimento" )

Um fator óbvio porém fundamental para compreender as “ Relações Interpessoais ”: · Nós reagimos ao outro de acordo com a forma como o percebemos. · O Outro reage a nós de acordo com a forma que nos percebe. Acontece que a “ percepção ” é algo muito além do que vemos, ouvimos ou tocamos. Pessoas diferentes percebem as mesmas coisas, nas mesmas condições de forma diferente porque os estímulos que recebemos são filtrados e interpretados por uma série de fatores internos. Por isto podemos perceber coisas, pessoas ou situações até de forma parecida ou similar às de outras pessoas, mas nunca iguais! As percepções sobre outras pessoas diferem, por exemplo: · Em razão do grau de informações – quantas vezes vivemos a experiência do “ você sabia que ela……… ”, ou “ que ele costuma frequentar… ” , ou ainda, “ sou formado em… ”, e passamos a criar ou mesmo mudar a imagem que tínhamos sobre alguém ? · Em razão das nossas experiências passadas, em particular da infância – como por exemplo professores, médicos, parentes, que marcaram algum modo sua relação conosco, positiva ou negativamente; · Por pré concepções - que também particularmente na nossa infância e adolescência podem nos terem sido inculcadas, com insistentes “ todo…. é… ”, ou “ toda … é….. ”, ou ainda “ ……sempre ….. ”. Também é quase inevitável que ao termos a informação de alguém é “ médico ” ou “ italiano ”, “ jogador de futebol ”, “ militar ” etc, não comecemos a atribuir-lhes “ a priori ” uma série de características. · Em razão do nosso estilo de ver e agir perante o mundo – podemos ter maior dificuldade para compreender ou aceitar o modo como vêem as coisas. Aqui já estamos falando das coisas mais familiares para quem passou pela reflexão sobre seu estilo pessoal. Em todo este jogo de percepções existem verdades e falsos pressupostos e, a questão fundamental é que isto pode não só levar a enganos ao entramos em relação com alguém – seja com expectativas negativas que não sejam reais, seja com positivas que levam a decepções – como também nós podemos não perceber que tipo de impressão ( e por consequência de reação ) causamos nos outros. Mais ainda, é comum nas relações que percebamos no outro fatores que geram desconforto e dificuldades e não apontemos, seja por “ educação ", seja por inibição ou, o que é mais comum, porque não existe abertura suficiente no relacionamento para faze-lo, e o mesmo ocorre com o outro em relação a nós. Com isto, possibilidades de melhoria tornam-se complicadas. Uma interessante ferramenta usada para compreendermos e melhorarmos nossas interações chama-se “ Janela de Johari ”. Ela aborda quatro situações possíveis em relação à forma como nos relacionamos ( e pode ser considerada fundamental nos processos chamados de “ AVALIAÇÃO 360 GRAUS ” ) . Estas situações são representadas por “ quadrantes ”, que mostramos abaixo em sua forma gráfica:

1. ÁREA ABERTA – Reúne todas as características das quais temos consciência e que também são percebidas pelos outros; 2. ÁREA OCULTA – Que reúne características das quais temos consciência e que ocultamos dos outros; 3. ÁREA CEGA – Que contém características nossas que os outros percebem e das quais não temos consciência; 4. ÁREA DESCONHECIDA – Que reúne as características inconscientes para nós e não percebidas por outros. QUAL É, ENTÃO, A ESTRATÉGIA PARA TORNARMOS AS RELAÇÕES MAIS EFETIVAS, DE ACORDO COM ESTA VISÃO ? 1. Permitir que o outro conheça sentimentos, idéias e percepções que tendemos a manter ocultas. É claro, que isto exige que tenhamos confiança no outro e, evidentemente, corramos o risco de expressar o que sentimos e pensamos. Aqui também vale o princípio de que não há crescimento sem risco. Veja o que ocorre com nossa “ janela ” nesta situação: 5. ÁREA ABERTA – Reúne todas as características das quais temos consciência e que também são percebidas pelos outros; 6. ÁREA OCULTA – Que reúne características das quais temos consciência e que ocultamos dos outros; 7. ÁREA CEGA – Que contém características nossas que os outros percebem e das quais não temos consciência; 8. ÁREA DESCONHECIDA – Que reúne as características inconscientes para nós e não percebidas por outros. QUAL É, ENTÃO, A ESTRATÉGIA PARA TORNARMOS AS RELAÇÕES MAIS EFETIVAS, DE ACORDO COM ESTA VISÃO ? 2. Permitir que o outro conheça sentimentos, idéias e percepções que tendemos a manter ocultas. É claro, que isto exige que tenhamos confiança no outro e, evidentemente, corramos o risco de expressar o que sentimos e pensamos. Aqui também vale o princípio de que não há crescimento sem risco. Veja o que ocorre com nossa “ janela ” nesta situação:

3. Pedir às pessoas que digam como o vêem, nas diversas situações, seja nas suas características positivas, seja naquelas que prejudicam seu relacionamento e que você poderia mudar. Neste caso é importante que tenhamos pessoas que nos conheçam relativamente bem e, sobretudo, que estejamos dispostos a ouvir, sem contestar ou justificar. Mesmo que não concordemos com uma afirmação de que sejamos “ assim ou assado ” devemos pensar sobre o que leva alguém a nos perceber de forma distorcida. Veja como ficaria a “ janela ” nesta situação:

Se ambas ações forem adotadas, o efeito pode ser interessante, pois até sua área desconhecida poderá ter sua área reduzida por “ insights ” produzidos no processo! A representação seria:

Bem, não é fácil, não é simples. Exige trabalho, exige um esforço psicológico ao qual não estamos habituados, tanto quanto um exercício físico necessário para que estejamos em forma ou desenvolvamos nossas capacidades, pode causar dor e desconforto. Também aqui, siga seu ritmo e suas possibilidades; não precisa forçar. Todo ganho será, acredite, gratificante e definitivo.

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